O Gato-maracajá (Leopardus wiedii), também conhecido como gato-do-mato ou gato-de-mourisco, é um felino de médio porte nativo da América Central e do Sul. Este gato é conhecido por sua aparência distinta e comportamento ágil.
O gato-maracajá habita principalmente florestas tropicais e subtropicais, embora também possa ser encontrado em matas ciliares, florestas de transição e áreas de vegetação densa. Sua distribuição abrange desde o sul do México até partes do Brasil, incluindo países como Guatemala, Honduras, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Argentina. Ele prefere áreas com cobertura densa, que proporcionam abrigo e oportunidades de caça.
A dieta do gato-maracajá é carnívora e inclui uma variedade de presas, como roedores, coelhos, aves, lagartos e insetos. Este felino é um caçador habilidoso, utilizando sua furtividade e agilidade para surpreender suas presas. Ele é conhecido por sua capacidade de escalar árvores, o que o ajuda a caçar presas que se refugiam em locais altos.
O gato-maracajá é uma espécie solitária e territorial. Ele é principalmente noturno, mas também pode ser ativo ao amanhecer e ao anoitecer (crepuscular). O gato-maracajá se comunica através de vocalizações, incluindo miados, grunhidos e rosnados. Sua natureza furtiva e sua habilidade de se mover silenciosamente pela vegetação tornam difícil a sua observação na natureza.
A época de reprodução do gato-maracajá pode variar de acordo com a região, mas geralmente ocorre ao longo do ano. O período de gestação é de cerca de 70 a 80 dias, resultando no nascimento de 1 a 4 filhotes. Os filhotes nascem com manchas que ajudam na camuflagem e permanecem com a mãe até cerca de 4 meses, quando começam a se tornar independentes.
O gato-maracajá é classificado como "Quase Ameaçado" pela IUCN. Apesar de ter uma ampla distribuição, a espécie enfrenta ameaças como a perda de habitat devido ao desmatamento e à fragmentação das florestas, além da caça e da captura para o comércio ilegal de animais de estimação.
Como um predador de médio porte, o gato-maracajá desempenha um papel importante nos ecossistemas em que vive, ajudando a controlar as populações de pequenas presas. Sua presença é um indicativo da saúde dos habitats florestais.