A jararaca (Bothrops jararaca) é uma serpente venenosa da família Viperidae, amplamente distribuída no Brasil, principalmente nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, sendo uma das cobras mais comuns e perigosas dessas áreas. Ela é responsável por grande parte dos acidentes ofídicos no país.
A jararaca habita uma variedade de ecossistemas, incluindo:
Ela prefere locais úmidos, como margens de rios e riachos, mas pode se adaptar a áreas mais secas, sempre buscando áreas com vegetação densa que a ajudem a se camuflar.
A jararaca é uma predadora que se alimenta principalmente de:
Ela utiliza seu veneno tanto para imobilizar suas presas quanto para iniciar a digestão dos tecidos.
A jararaca é ovovivípara, ou seja, os ovos são incubados dentro do corpo da fêmea, e os filhotes nascem já totalmente formados. Uma ninhada pode ter entre 10 a 20 filhotes, dependendo do tamanho da fêmea.
O veneno da jararaca é altamente tóxico e é utilizado tanto para matar suas presas quanto para sua defesa. Ele é composto por enzimas que afetam a coagulação sanguínea, causando dor, inchaço e necrose nos casos de picada. Em seres humanos, o tratamento com soro antiofídico é fundamental para neutralizar os efeitos do veneno.
A jararaca não está classificada como uma espécie ameaçada, mas a destruição de seu habitat e o aumento da urbanização representam um risco a longo prazo. Além disso, a perseguição humana contribui para a diminuição local de suas populações.
A jararaca desempenha um papel crucial no controle de populações de roedores, que são suas principais presas. Além disso, seu veneno tem sido estudado para o desenvolvimento de medicamentos, incluindo tratamentos para hipertensão e distúrbios de coagulação.